quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O cigarro e as crianças

Se você, seu marido, ou qualquer outra pessoa da sua casa têm o hábito de fumar perto das crianças pense duas vezes antes de dar a próxima tragada...

Num mundo onde mais de um bilhão de pessoas são tabagistas, estima-se que cerca de 700 milhões de crianças também acabem fumando passivamente.

Ao contrário do que muita gente pensa, uma pessoa que está ao lado de um fumante pode acabar mais prejudicada do que ele próprio. Depois de ser tragada, a fumaça que polui o ambiente pode conter até três vezes mais nicotina, monóxido de carbono e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas. E se um adulto saudável já sofre com isso, imagine então os pequenos, que possuem uma capacidade pulmonar menor e um organismo bem mais delicado.

O pneumologista Roberto Rodrigues Jr. explica que o tabagismo não só facilita o aparecimento de diversas doenças nas crianças, como também diminui a qualidade de vida delas. Vamos aos fatos:

- para os bebês pequenos, o fumo chega a aumentar em até cinco vezes o risco de morte súbita, além de contribuir para o aparecimento de bronquites e pneumonias;

- ao amamentar, a mãe fumante passa a nicotina para seu filho através do leite. A substância pode afetar o desenvolvimento normal da criança e deixá-la mais irritada e chorosa;

- crianças de qualquer idade podem desenvolver asma, problemas respiratórios crônicos e sofrem maior incidência de infecções no ouvido, garganta, sinusites ou outros problemas alérgicos;

- a influência psicológica do cigarro já foi comprovada. Filhos de pais fumantes têm bem mais chances de adquirir o hábito no futuro.



Os males do fumo
O fumo é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão; 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema; 40% dos casos de bronquite crônica; 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio; 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero) e 25% das doenças vasculares (entre elas derrame cerebral). Fumar um maço de cigarros por dia durante mais de dez anos rouba, em média, cinco anos de vida.

Aos pais e mães que fumam...

Obviamente que o ideal é parar, mas se você não estiver conseguindo, pelo menos tome alguns cuidados:

- não fume em locais onde a criança circula e, jamais, dentro do carro ou em outros ambientes fechados



- fumar na janela ou na porta não adianta! Para não poluir o ambiente com as substâncias nocivas, só saindo de casa, ao ar livre

- diminua o consumo de cigarros enquanto estiver amamentando e procure fumar o mais distante possível dos horários das mamadas

Procure a orientação de um médico para ajudar a se livrar do vício. A saúde do seu filho agradece.


Fonte: 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Vamos refletir: A criança e o consumismo








Pais devem estar alertas ao consumismo dos filhos. Segundo censo do IBGE no ano 2000, havia 30 milhões de crianças até nove anos de idade. De olho nesse número, o aumento da verba publicitária para esse público aumentou muito. E isso não é um fenõmeno registrado apenas no Brasil, mas no mundo todo.

Para atrair esse público, as propagandas e os produtos ficam cada vez mais atrativos, utilizando-se imagens de atores famosos, personagens infantis, cantores, apresentadores, tudo isso para criar na mente da criança o desejo do consumo.
A criança é alvo de muitas empresas, pois conseguindo atraí-la desde cedo, possivelmente será o consumidor de amanhã. São conhecidos casos, por exemplo, de grandes redes que vendem perfumes, maquiagem, esmaltes, cremes, etc, criando clubes de relacionamento com crianças, querendo saber seus anseios, desejos, e assim criar um consumidor fiel.


A criança é mais suscetível à propaganda, principalmente pela pressão do grupo em que está inserida, que muitas vezes é forte a ponto de ser irresistível. Dentro das instituições, é comum crianças que são líderes natas, que têm influência forte sobre as outras, ditarem moda, comportamentos, e muitas que não estão “dentro” são excluídas do grupo. Isso para a criança é uma pressão enorme.

As publicidades têm criado peças que falam diretamente às crianças. E isso deve ter limites porque o público que é atingido são crianças.

Mas queremos alertar que o principal fator que ajudará a criança a não se tornar um consumidor compulsivo, é a determinação e orientação dos pais. Pais que não têm limites provavelmente irão gerar isso nas crianças. E isso não tem nada a ver com ser rico ou pobre, o consumismo está em todas as faixas da sociedade. Cada vez mais, psicólogos são procurados por pessoas que não têm limites para o consumo, são compulsivos e não conseguem parar de comprar, endividando-se dia após dia.


“É necessário que exista uma mudança de atitude. Precisamos mudar o estilo de vida. A partir disso, acreditamos que algo será posto no lugar do consumo, que agora se constitui numa parte crítica e central da vida. Temos que substituir o consumo pela arte, pela beleza e pelas relações humanas”, defende Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu.

O papel da televisão torna-se o maior meio para atingir as crianças. Segundo o Ibope, em 2005, crianças entre 4 e 11 anos ficaram expostas à frente da TV cerca de 4 horas e 51 minutos por dia Isso torna as crianças brasileiras em campeãs mundiais em horas gastas em frente à telinha. Isso acontece, devido a falta de orientação, tempo, ou falta de paciência dos pais, preferindo o caminho mais fácil, que na maioria das vezes não é o caminho melhor pros filhos. O aparecimento de vídeos, games e desenhos que incitam a violência é crescente, por isso alertamos aos pais para se aproximarem mais dos fihos para verem o que estão assistindo e prestar mais atenção ao comportamento deles quando assistem determinados desenhos ou jogos como o RPG.
A televisão tem influenciado até mesmo nos hábitos alimentares das crianças, e devido a isso, para crianças até 5 anos no Brasil, o número de obesos é de 1 milhão. Outro dado alarmante é sobre o consumo de refrigerante no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, o consumo de refrigerantes no Brasil aumentou de sete litros por pessoa/ano, em 1975, para 28 litros em 2005 - um aumento de 400%.

O consumismo é tido pelos especialistas como um dos grandes problemas da vida moderna, pois não causam apenas transtornos financeiros, mexe também com o psicológico das pessoas. E são grandes causadores de depressão.

As características de um consumista são as mesmas em qualquer lugar do mundo, eles compram para substituir ou compensar algum problema, como por exemplo, a saudade, da família, a perda de um ente querido, etc.

E como estamos tratando de crianças, devemos ensiná-las que não se pode ter tudo, e o bom é aprender isso desde cedo. Para se ter uma coisa, perde-se outra, a vida é assim. Não adianta querer dar tudo para uma criança porque mais cedo ou mais tarde, a vida vai ensinar isso e como a criança não está preparada vai sofrer muito mais.


Muitos pais confundem amor com ceder a todos os caprichos dos pequenos. É como se fosse uma forma de compensar, em alguns casos, a ausência diária, a falta de tempo de ficar com os filhos. Na verdade o que a criança está pedindo é atenção e carinho, e não presente. Por isso é comum uma criança receber o presente que tanto desejava e depois de poucos dias, desejar intensamente outra coisa. Desejam preencher um vazio que brinquedo algum tem capacidade de substituir.

Na era moderna, o Natal, a Páscoa e outras datas que deveriam ter um sentido mais bonito e verdadeiro, tornam-se uma época de intenso consumismo.
Queremos alertar que os presentes e objetos que as crianças avidamente consomem, produzem um prazer rápido e superficial. A emoção torna-se instável e ansiosa. Passados alguns dias, perdem o prazer pelo que consumiram e procuram outros objetos para tentar satisfazê-las, gerando um mecanismo que tem princípios semelhantes com a dependência das drogas. A felicidade se torna uma miragem para elas.


Fonte: http://br.guiainfantil.com/televisao/417-a-crianca-e-o-consumismo.html